
12 de Março de 2010
Quem não conhece alguém que se acha o maior injustiçado do mundo? Reclama de tudo e de todos. A vida lhe pesa; o trabalho é um fardo; a culpa sempre é dos outros e nunca se julga capaz de sair da situação que se encontra. Sempre tem uma explicação para seus fracassos e só vê defeitos nas conquistas dos outros. Pois é, quem vive assim está acometido da síndrome do coitadismo.
Sobre isso, Augusto Cury, no livro Código da Inteligência, dedica dois capítulos. Cury nos diz que as armadilhas mentais criadas ao longo da formação da personalidade impedem que o ser humano seja verdadeiramente livre. Afirma que para superar é preciso lucidez para as armadilhas e humildade para assumi-las.
Conformismo é a arte de se acomodar, de não reagir e aceitar passivamente as dificuldades. Quem age assim não assume sua responsabilidade como agente transformador do mundo, mesmo que seja do seu mundo.
O conformista acredita que tudo é obra do destino, é uma vítima do passado, não consegue se libertar no presente e nem avançar para o futuro.
Os conformistas são reis das desculpas e justificativas para não treinar e exercitar o seu intelecto, para atuar, tem medo de ser criticado, vaiado ou vencidos.
Mas, uma verdade incontestável: segundo o pesquisador todos nós, em alguma área psíquica, sofremos da síndrome do coitadismo.
Coitadismo é o conformismo potencializado, capaz de aprisionar o “eu” impedindo que o indivíduo use todo o seu potencial para transformar sua história.
Talvez ainda não tenhamos nos convencido desta verdade, mas o nosso pior inimigo está dentro de nós, principalmente na nossa mente. Matamos nossa esperança sem ao menos ter tentado.
Qualquer pessoa pode mudar para melhor, basta querer. Mudar é fazer as coisas de um jeito diferente, dizer não ao sentimento de coitadismo e se permitir crescer.
Para abandonar o sentimento de coitadismo é necessário enxergar as oportunidades que nos rodeiam. Todos os dias o sol nasce para todos e a cada amanhecer recebemos de Deus a graça de consertar o leme do nosso barco chamado vida e partirmos para águas mais profundas. Enquanto ficamos a deriva, com medo do que há por vir, perdemos a oportunidade de encontrar a felicidade do outro lado do rio.
Então, vamos tentar e vencer a síndrome. Sem ela veremos que as oportunidades são iguais para todos. A diferença está entre os que fazem e os que esperam os outros fazer.
Adm. Jaqueline Feltrin
Graduada em Administração de Empresas e Pós-graduada em Gestão de Pessoas. Especialista em Melhoria da Qualidade, Associada a ASQ – American Society for Quality.

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